Entendendo a Greve dos Técnico-Administrativos em Educação
1. Por que os Técnico-Administrativos em Educação entraram em Greve?
No dia 11 de março de 2024, os Técnico-Administrativos em Educação da UFMG, CEFET-MG, UFVJM e IFMG iniciaram uma Greve por tempo indeterminado. A decisão foi tomada após meses de negociações com o governo federal, que não apresentou proposta com orçamento suficiente para a reestruturação da carreira.
2. Qual a importância dos Técnico-Administrativos em Educação para as IFES?
Os Técnico-Administrativos em Educação desempenham papel fundamental nas Instituições Federais de Ensino Superior (IFES). Eles são responsáveis por garantir o funcionamento adequado de diversos setores e serviços, contribuindo diretamente para a qualidade do ensino, pesquisa e extensão. Suas atividades abrangem desde a manutenção da infraestrutura física e tecnológica, operação de laboratórios e equipamentos, até o suporte administrativo e técnico necessário para o bom andamento das atividades acadêmicas, científicas e do Hospital das Clínicas.
Além disso, os Técnico-Administrativos em Educação desempenham um papel importante no suporte aos estudantes, professores e pesquisadores, seja no auxílio à realização de experimentos e projetos de pesquisa, na administração de programas acadêmicos ou na gestão de recursos humanos e financeiros. Sua atuação contribui significativamente para o desenvolvimento das IFES e para a formação de profissionais qualificados em diversas áreas do conhecimento.
4. Por que a valorização das servidoras e servidores públicos é importante?
A valorização de quem trabalha na educação é fundamental para garantir a qualidade do ensino público. Quando os servidores são bem remunerados, têm boas condições de trabalho e oportunidades de desenvolvimento profissional, eles ficam mais motivados e produtivos, o que se reflete na qualidade dos serviços prestados. A servidora e o servidor público são como quaisquer outros trabalhadores e merecem reconhecimento, remuneração e condições de trabalho adequados. Diferente do que se divulga, no caso dos TAE as remunerações médias estão abaixo do mercado de trabalho e estão entre as piores do serviço público federal.
3. Quais são as principais reivindicações?
Recomposição salarial: os servidores acumulam perdas inflacionárias de 34,32% desde 2016, o que significa que perderam mais de um terço do seu poder de compra. A proposta do governo de 0% de reajuste em 2024 e apenas 4,5% em 2025 e 2026 não repõe as perdas e agrava a situação. A Categoria reivindica a recomposição imediata das perdas salariais com três parcelas anuais de 10,34%.
Reajuste dos benefícios: os TAE reivindicam que seus benefícios sejam equiparados aos das demais Categorias do serviço público federal.
Reestruturação da Carreira dos Técnico-Administrativos em Educação: o Plano de Carreira dos Técnicos-Administrativos em Educação (PCCTAE), instituído em 2005, precisa passar por uma reestruturação que o adeque às transformações ocorridas nas Instituições Federais de Ensino e no serviço público ao longo dos últimos 19 anos. Com uma estrutura de vencimentos e progressões defasada, torna-se cada vez mais desafiador atrair e manter profissionais de excelência nas instituições. A reestruturação é crucial para garantir a qualidade contínua do ensino, pesquisa e extensão nas Instituições Federais de Ensino Superior (IFES).
5. O que você pode fazer para apoiar a greve?
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Informar-se sobre a greve e as reivindicações dos servidores;
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Manifeste seu apoio à greve;
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Cobre do governo federal uma solução justa para a greve: envie mensagens para os parlamentares e demais representantes do governo, ajudando a pressioná-los a atender às reivindicações dos servidores e servidoras.