Na tarde desta segunda-feira (22), foi realizada a segunda reunião da Comissão de Mobilização da base do Sindicato. O encontro, que contou com a participação de cerca de 20 TAE, teve como pauta a apresentação dos informes da Direção Nacional da FASUBRA em relação ao indicativo do Estado de Greve e a elaboração de um calendário de mobilização.
Entre os principais pontos abordados, vale destacar a convocação da FASUBRA para a 3ª Mesa Específica e Temporária com o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, agendada para o dia 22 de fevereiro ─ data que a Federação estabeleceu como Dia Nacional de Paralisação, com atos em todas as instituições.
Isso porque, apesar da reunião não ter como pauta principal a recomposição salarial dos Técnico-Administrativos em Educação, a expectativa é que o Governo Federal apresente uma contraproposta referente a demanda de reestruturação da carreira.
Assim, entre os dias 26 de fevereiro e 1º de março, será realizada uma série de Assembleias para que as entidades de base avaliem a contraproposta apresentada na Mesa Específica de negociação. Se ela contemplar a Categoria, a orientação da FASUBRA será pela manutenção do Estado de Greve e intensificação da mobilização pela recomposição salarial. Caso contrário, a orientação será pela aprovação da greve para 11 de março.
A coordenadora geral da FASUBRA e do SINDIFES, Cristina del Papa, ressaltou que as entidades representativas dos servidores públicos federais não aceitaram a proposta do Governo de recomposição zero para 2024, mesmo que o Orçamento da União contemple o reajuste de benefícios.
Um estudo técnico realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) e encomendado pelo FONASEFE irá subsidiar a resposta relativa aos índices de reajuste salarial que serão apresentados em resposta ao Governo Federal.
Os índices são diferenciados para dois grupos, sendo:
Bloco I – servidores/as públicos/as federais que em 2015 fizeram acordo de 2 anos, resultando na recomposição salarial de 2016 e 2017, além de 9% de recomposição emergencial no ano de 2023.
Bloco II – servidores/as públicos/as federais que em 2015 fizeram acordo de 4 anos, resultando na recomposição salarial de 2016, 2017, 2018 e 2019, além de 9% de recomposição emergencial no ano de 2023.
Considerando o acumulado projetado da inflação (IPCA/IBGE) entre setembro de 2016 e dezembro de 2025, a recomposição necessária para o Bloco I seria de 34,32%, no qual se encontra a base da FASUBRA, e de 22,71% para o Bloco II.
Cristina del Papa informou, ainda, que a FASUBRA está se reunindo com o SINASEFE e ANDES-SN para debater a unificação das lutas em comum das entidades e uma possível greve unificada da educação.
A próxima reunião da Comissão de Mobilização do SINDIFES será na segunda-feira, 29 de janeiro, às 14h30, na Casa SINDIFES: Alameda das Princesas, 1.275, Pampulha. O encontro é aberto a todos os Técnicos-Administrativos em Educação da UFMG, CEFET-MG e IFMG que moram na região metropolitana de Belo Horizonte.